Na edição #102 da nossa newsletter de curadoria de conteúdo, o Radar, falamos sobre fidelização no pós-venda; loyalty sem recompensas; o crescimento da fidelização em 2021; e debate sobre como estimular a volta dos trabalhadores.
A jornada do cliente não termina quando ele paga e sai com o produto – ou o recebe em casa, via e-commerce. Sua relação com a marca será completa com serviço de pós-compra, o aftersale. Além de uma experiência de compra sem fricções, com atendimento dedicado (complementando o tripé preço-qualidade), o cliente será fidelizado se contar com suporte pós fim da jornada se algo não estiver correto.
Segundo o artigo, 90% dos casos de acionamento no pós-venda acontecem por conta de falhas. São nesses momentos que surpreender o cliente positivamente irá reverter uma situação desfavorável para a marca e gerar lifetime value. Isso porque, mesmo em caso de uma devolução e perda do faturamento, a empresa ganha no longo prazo, com a experiência positiva impactando o consumidor.
Equilibrar economicamente um programa de fidelidade é crucial para qualquer negócio. Por isso há limites para as recompensas que as empresas – mesmo as grandes – podem gerar aos clientes. É o caso da cadeia de fast food mexicana Chipotle. Recentemente, ela gamificou seu programa, introduzindo, por exemplo, badges (não monetizáveis) pelo engajamento do cliente com a marca. Ou seja, investindo no relacionamento.
Com 23 milhões de membros, o programa turbinou sua experiência digital e física, com personalização via inteligência artificial, comunicações relevantes e jornada sem fricções. A conveniência é outro fator. A empresa estuda atender pedidos por aplicativos de mensagem e voz. Pesquisa da PYMNTS com 3 mil consumidores mostra que ⅔ dos millennials estariam mais propensos a consumir de marcas que suportem comandos de voz para pagamentos.
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E o mercado de fidelização no Brasil já aponta para uma retomada em 2021. O segundo trimestre registrou faturamento bruto das companhias com crescimento de 4,2% em relação aos primeiros três meses do ano, chegando a R$ 1,28 bilhão. O total de pontos/milhas emitidos no mesmo período foi de 70,3 bilhões, alta de 21,4% contra os primeiros três meses do ano.
O total de inscritos em programas de fidelidade apresentou alta de 3% na mesma comparação, com 170,4 milhões de cadastros no país. Já o destino dos pontos/milhas resgatados aponta para uma retomada do setor de turismo: 55,9% deles foram destinados a passagens aéreas, número que chegou a zerar no segundo trimestre de 2020. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF).
Lutando há algum tempo com falta de mão de obra, os Estados Unidos já deixam CEOs preocupados com a retomada da economia. O bilionário investidor Barry Sternlicht sugere um incentivo por parte do governo: pagar bônus para que as pessoas retornem ao mercado de trabalho. Segundo ele, o investimento seria recuperado pela própria taxação dos salários e da movimentação da economia.
Parte dos empresários culpa os estímulos do governo que ajudaram as famílias durante a pandemia (e que acabaram em setembro). Mas mesmo os estados que cortaram a ajuda meses antes também lutam contra a falta de pessoal. Por outro lado, o artigo destaca ainda que baixos salários, corte de benefícios e condições inadequadas de trabalho são pontos que obviamente afastam os colaboradores das companhias.
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