O WhatsApp pode ser o lugar do grupo da família, de agilizar pendências do trabalho, de mandar prints para os amigos, mas também se tornou um dos principais pontos de contato entre marcas e consumidores no Brasil. Segundo a Meta, o país é o segundo maior mercado global da plataforma. Uma pesquisa da Opinion Box revela que 96% dos usuários brasileiros acessam o app diariamente, e outro levantamento da Nodius mostra que 8 em cada 10 brasileiros já usam o aplicativo para fazer negócios. Os números ajudam a entender por que o canal também lidera como preferido no pós-venda, superando e-mail e telefone.
A preferência não vem apenas da conveniência: ela nasce da combinação entre velocidade e relevância. Para Marcelo Custodio, professor PhD e CEO da Valuenet, o diferencial está em como a empresa utiliza o canal para entregar valor real. “O canal funciona porque fala com o cliente no ritmo e no contexto dele. Mas para gerar lealdade, não basta estar presente, é preciso ter propósito em cada interação”, afirma.
Em um ambiente digital cada vez mais fragmentado, a simplicidade do WhatsApp se tornou um trunfo para marcas que buscam aproximar e reter seus clientes. A lógica é direta: quanto mais relevante for a interação, maiores as chances de gerar engajamento e recompra. E, nesse sentido, o WhatsApp reúne características difíceis de ignorar, como familiaridade, agilidade e alto índice de abertura. Na prática, isso se traduz em ações simples, mas com impacto direto no relacionamento.
Ao combinar mensagens rápidas com recursos como segmentação de público, botões de “fale conosco” e integração com landing pages, o canal deixa de ser apenas uma ponte para o atendimento e passa a operar como um verdadeiro hub de relacionamento. A capacidade de iniciar uma conversa com poucos cliques, receber resposta imediata e ainda ter a sensação de um contato personalizado cria o cenário ideal para conversões mais rápidas e vínculos mais duradouros.
Mas se o WhatsApp já provou sua força como canal de aproximação, ele também expõe uma nova régua de exigência. O crescimento do app como espaço de vendas e atendimento é acompanhado por expectativas cada vez mais altas por parte dos consumidores. Segundo o relatório CX Trends 2025, 51% preferem receber atualizações de pedidos diretamente pelo aplicativo, e 56% acreditam que tecnologias como chatbots e autoatendimento aumentam a eficiência, desde que bem configuradas. O mesmo estudo revela um ponto de atenção: 69% esperam ser atendidos com base em seu histórico de compras e preferências, mas apenas 13% acreditam que as marcas entregam esse nível de personalização.
Essa lacuna entre expectativa e entrega revela uma oportunidade competitiva. Em vez de focar apenas na velocidade ou na automação, marcas que unem personalização contextual com agilidade criam um diferencial difícil de copiar. O app, por seu formato direto e presença massiva, pode ser o ambiente ideal para isso, desde que a comunicação seja relevante, integrada e alinhada ao momento do cliente. Neste cenário, fidelizar não depende apenas de estar disponível, mas de saber se fazer presente de forma significativa.
Para que o app cumpra seu papel além do SAC e da automação, é preciso estratégia e consistência. Abaixo, listamos boas práticas que ajudam a transformar o canal em um elo real de fidelização:
O WhatsApp já é onipresente na vida dos brasileiros, e isso, por si só, não fideliza ninguém. A diferença está em como cada marca escolhe ocupar esse espaço. Quem utiliza o canal apenas como SAC perde o potencial de criar vínculos. Mas quem transforma conversas em experiências personalizadas, humanas e oportunas encontra ali um dos maiores aliados para construir lealdade. No fim, não se trata só de responder rápido: trata-se de falar com intenção, ouvir com contexto e estar presente quando mais importa. Porque lealdade não se constrói apenas com presença, mas com presença que faz sentido.
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