Por melhor que seja na cura de uma doença, todo remédio tem efeitos colaterais. O mesmo ocorre com as soluções – em geral, sua implementação sempre trará um ou outro aspecto negativo, restando avaliar seu custo-benefício. Um dos mais recentes exemplos do tipo, e adotado largamente este ano, é o home-office, como mostra a inédita Pesquisa Nacional VR-Locomotiva, da VR Benefícios e Locomotiva Pesquisa e Estratégia, lançada esta semana.
Com base em entrevistas feitas com quase 2.500 pessoas de todo o Brasil, com resultados ponderados por região, segundo distribuição de pessoas ocupadas (Pnad-IBGE), a pesquisa aponta a aprovação e os muitos benefícios do trabalho remoto feito de casa, mas também mostra que ajustes são necessários para balancear a prática e atender a novas demandas, de forma a manter a produtividade, o engajamento e o bem-estar dos colaboradores.
A pesquisa aponta como o número de trabalhadores em regimes de home office era pequeno antes da crise, apenas 8%, porcentagem que foi acrescida de outros 31% durante a pandemia. Desses, 33% estão mais satisfeitos com a rotina atual, que não inclui mais deslocamentos e, claro, exposição a risco de contágio por covid-19. Por outro lado, 22% estão menos satisfeitos com o volume de trabalho, que aumentou.
Entre as questões que surgiram estão as condições de trabalho em casa e os gastos com insumos: 79% declararam que o consumo de eletricidade aumentou; 57% relataram subida na água; e 34%, aumento da internet. Entre os respondentes, 46% afirmaram ter recebido ao menos um benefício da empresa. Os mais comuns disponibilizados são: apoio psicológico, cadeiras apropriadas, ginástica laboral, reembolsos de internet e ajuda de custos para luz.
E o pós-pandemia também é uma preocupação para os colaboradores. Segundo o levantamento, 85% dos respondentes não se sentem seguros para usar transporte público; 58% não se sentem seguros para ter contato com clientes e fornecedores; e outros 49% não estão seguros para voltar aos escritórios. Há também novas demandas, como afastamento e suporte para quem teve contato com doentes e identificação e gerenciamento de casos positivos na empresa, com testagem dos funcionários.
A Pesquisa VR-Locomotiva, aliás, está em consonância com dois outros estudos lançados este ano: um da Fundação Getulio Vargas (FGV), apontando que 30% da força de trabalho deverão ser mantidos remotamente no pós-pandemia; e um do Centro de Inovação da FGV-EASP, mostrando que, apesar de aprovarem o home office, para 56% de quase 500 entrevistados, há dificuldade em manter uma rotina equilibrada entre vida pessoal e trabalho.
Todos esses dados apontam para uma consolidação do trabalho remoto, principalmente em uma conjuntura incerta quanto a prazos para uma vacina. Em muitos casos, representa também uma economia para as companhias que puderam dispensar a locação de seus escritórios. O desafio está em aparar as arestas dessa nova realidade e manter o foco e o senso de comunidade das equipes remotas (e, nisso, a gamificação é uma aliada).
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