RADAR é uma curadoria do Tudo Sobre Incentivos, um espaço dedicado a comentários e indicações de conteúdos relacionados ao mundo da fidelização e do engajamento. No Radar #127 reunimos artigos que falam, entre outros assuntos, do uso de estratégias de fidelização para conversão no varejo online, além dos resultados do relatório Loyalty Barometer 2022.
Os programas de fidelidade são hoje algo tão consolidado na economia brasileira que podem ajudar até mesmo a reduzir o índice de processos parados por falta de bens. Decisões recentes da Justiça do Trabalho e da Justiça comum têm determinado a penhora de milhas aéreas, por exemplo, quando não há dinheiro ou bens para quitar condenações, o que comprova o valor monetário do sistema de pontos.
Segundo os credores, “esses pontos têm expressão econômica e são comercializados em troca de dinheiro ou produtos”, além de poderem ser vendidos a terceiros. Há casos de milhagens entrarem na partilha de processos de divórcio e a penhora de milhares de pontos de uma companhia aérea de um acusado de pirâmide financeira. Apesar desse posicionamento não ser dominante no judiciário, e as aéreas discutirem como seria a troca de titularidade dos pontos, essas iniciativas demonstram o impacto econômico (e cultural) dos programas de fidelidade.
Este texto traz uma fala do industrial Henry Ford (1863-1947) ensinando que a relação com o cliente não terminava quando a venda era realizada – ao contrário, ela começava ali. Hoje, no mundo digital, essa relação deveria começar muito antes da venda. De acordo com o artigo, varejistas nos Estados Unidos têm menos de 3% das visitas aos sites convertidas em vendas, ao passo que as lojas físicas possuem taxas de conversão entre 20% a 40%. A retenção de clientes é prejudicada quando sete de cada dez consumidores abandonam o carrinho de compras.
O artigo, então, apresenta cinco dicas baseadas em estratégias de fidelização de clientes para mudar esse quadro:
1) Early access – pesquisa Shopify diz que 60% dos clientes entrariam em um programa de fidelidade por acesso antecipado a produtos ou exclusividades;
2) Alternativas de pagamento – Mais de 50% dos consumidores online abandonam a compra por falta de opções para pagar com pontos, digital wallets, buy now pay later etc.);
3) Frete rápido ou grátis – Quase a totalidade dos clientes esperam entregas em até três dias e sem cobrança a depender dos valores gastos;
4) Personalização – O volume de dados gerados por programas de fidelidade e pela jornada do consumidor devem obrigatoriamente criar formas de interação personalizadas;
5) Devoluções facilitadas – Garantir o retorno do produto sem custo pode aumentar em até 357% as compras e recorrências, segundo estudo do Journal of Marketing.
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Com base na entrevista de 1.500 consumidores, em abril, nos Estados Unidos, a quinta edição do Loyalty Barometer Report 2022, da Merkle, apresenta dados recentes e insights sobre Loyalty e a experiência do consumidor, a partir da expectativa dos clientes com programas de fidelidade. O relatório aborda ainda programas pagos, fidelidade baseada em valores, non-fungible tokens (NFTs) e criptomoedas.
Entre os dados apresentados: 79% dos consumidores são mais propensos a comprar de uma marca por conta de seu programa de fidelidade. Entre as conclusões, o relatório aponta que é preciso prestar atenção às necessidades emocionais dos clientes e que a fidelização não se faz apenas com um programa. Ao mesmo tempo, a fidelidade do cliente não se apresenta mais somente com compras, mas também como advocacy (o consumidor como embaixador da marca).
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O fato de uma pessoa estar na mesma faixa etária e ter a mesma classe social de seu vizinho, por exemplo, não significa que elas tenham os mesmos gostos, hábitos e preferências. É nesse campo que a segmentação de públicos tem de agir para que as empresas possam oferecer relevância nas comunicações e promoções. Este artigo analisa e explica como agrupar consumidores para uma customização eficiente do relacionamento marca-cliente baseado na tecnologia.
A segmentação permite entender o cliente, mas sozinha não seria mais suficiente dadas as mudanças rápidas de hábitos dos consumidores. Assim, a personalização necessita de tecnologia. Nesse campo, empresas direct-to-consumer e B2B saem na frente devido à grande quantidade de dados que possuem de seus clientes. A Starbucks é um case famoso: com mais de 30 mil lojas e 25 milhões de participantes ativos de seu programa de fidelidade, ela utiliza machine learning e inteligência artificial para gerar ofertas personalizadas em larga escala.
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