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Entrevista exclusiva: Ariel Alexandre revela como o Gotas está revolucionando a fidelidade nos clubes de futebol com SocialFi e tokenização

No universo da fidelização, poucos setores despertam emoções tão intensas, e tão inexploradas, quanto o futebol. A paixão das torcidas é profunda, contínua e visceral, mas por muito tempo foi negligenciada em estratégias estruturadas de engajamento, uso de dados e recorrência. Esse cenário já mudou, essa nova fase conta com soluções como o Gotas, uma plataforma brasileira que une tokenização, gamificação e o conceito emergente de SocialFi para inaugurar uma nova era da lealdade esportiva. Sob a liderança de Ariel Alexandre, o Gotas atua como um protocolo de fidelidade digital, permitindo que times, e também criadores de conteúdo, recompensem ações e interações dos fãs com ativos digitais que desbloqueiam experiências, status e acesso exclusivo. Na prática, o que antes era apenas emoção agora pode ser mensurado, recompensado e monetizado, com simplicidade e sem jargões técnicos.

Nesta entrevista exclusiva, Ariel revela os bastidores da parceria com clubes como o Vasco, explica a lógica por trás da tokenização, e oferece uma visão prática sobre como gamificação e comunidades digitais estão redefinindo o futuro da fidelização, e o que os profissionais do setor precisam aprender para não ficarem para trás.

Para o público que trabalha com loyalty tradicional, como você explicaria o que é SocialFi e por que ele representa uma evolução do conceito clássico de fidelidade?

Ariel Alexandre – SocialFi é a fusão de redes sociais com finanças descentralizadas, onde o engajamento dos usuários é recompensado com ativos digitais, como tokens ou NFTs, registrados na blockchain. Diferente do modelo tradicional de fidelidade, em que pontos são controlados pelas empresas, no SocialFi o usuário é o proprietário desses ativos, podendo usá-los, vendê-los ou guardá-los livremente. Isso é uma evolução porque reduz custos de manutenção para as empresas, elimina a dependência de sistemas centralizados e cria um vínculo mais autêntico com o público, que pode até lucrar com seu engajamento. Em um mundo onde a atenção é escassa, recompensá-la diretamente fortalece o relacionamento entre marcas e consumidores. 

O case do Vasco mostra uma atuação em múltiplas frentes: álbum digital, drops por jogo, resgates. Qual foi o racional por trás dessa arquitetura de programa e como ela se adapta a outros clubes?

Ariel Alexandre – O programa do Vasco, em parceria com a Socios.com, usa fan tokens e gotas para gamificar o engajamento, oferecendo benefícios exclusivos, como resgates em jogos. O racional é superar a perda de alcance dos clubes, que muitas vezes ficam à sombra do protagonismo dos jogadores. As gotas, que funcionam como figurinhas digitais escassas, incentivam os fãs a interagir mais – curtindo, comentando, ativando notificações -, o que aumenta o alcance orgânico do clube nas redes sociais. Além disso, a captura de leads permite que os clubes conheçam melhor sua audiência, algo que nem sempre conseguem com algoritmos de big techs. Essa arquitetura é facilmente adaptável a outros clubes, já que combina engajamento gamificado com recompensas personalizadas, criando um vínculo direto com os torcedores.

Como o Gotas diferencia os níveis de engajamento entre fãs casuais e superfãs? Há benefícios progressivos, como status, acesso antecipado ou experiências VIP?

Ariel Alexandre – A diferenciação entre fãs casuais e superfãs é definida pelos clubes, que criam dinâmicas de gamificação personalizadas com as gotas. Por exemplo, superfãs podem receber acesso antecipado a ingressos, produtos exclusivos como camisas ou bolas, lives com jogadores ou até participação em decisões do clube. O SocialFi permite que esses benefícios sejam oferecidos de forma descentralizada, conectando clubes, jogadores, influenciadores e marcas. Como os ativos digitais pertencem aos fãs, o engajamento é mais profundo, já que eles se sentem parte do clube, com recompensas que vão além do consumo tradicional. 

Como vocês enxergam a evolução dos programas baseados em SocialFi para os próximos 2 anos? Memberships recorrentes, drops baseados em geolocalização, integração com realidade aumentada?

Ariel Alexandre – Nos próximos dois anos, o SocialFi vai girar em torno da compensação pela atenção dos usuários, que está cada vez mais escassa. Recompensar interações como seguir, comentar ou visualizar será essencial para marcas e clubes. O Gotas está posicionado para liderar essa tendência, com gotas temáticas e gamificadas que geram engajamento nunca visto. Recursos como memberships recorrentes, drops baseados em geolocalização ou integração com realidade aumentada podem surgir, mas o foco principal será premiar a atenção, criando experiências personalizadas e vínculos mais fortes com as audiências. 

Para os profissionais de loyalty mais tradicionais: o que eles precisam começar a aprender hoje para não ficarem para trás nessa nova fase da fidelidade digital?

Ariel Alexandre – Profissionais de loyalty devem estudar SocialFi e Web3 para entender a quebra de paradigma: os dados e ativos não pertencem mais às empresas, mas aos usuários. Isso cria um modelo de negócio mais saudável, com maior engajamento e novas fontes de receita, como royalties automáticos. E o Gotas vai além de clubes de futebol e influenciadores, sendo uma ferramenta versátil para capturar leads, engajamento e criar vínculos em diversos setores. Hoje, Gotas são usadas em shows, eventos comerciais, palestras, debates e até na educação, como certificados digitais na blockchain. A grande vantagem é a simplicidade: o usuário não precisa entender blockchain para resgatar gotas, que funcionam como uma interação em qualquer aplicativo ou site, como o Instagram. Com o tempo, os usuários descobrem que possuem ativos digitais únicos, que podem movimentar ou guardar, criando um vínculo poderoso com marcas e organizações. Essa abordagem é especialmente atraente em contextos de alta paixão, como o futebol, mas também em experiências educacionais e eventos, onde a certificação digital agrega valor e autenticidade.

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